Monthly Archives: July 2020

CFP: “PATRIMÔNIOS ALIMENTARES: PROCESSOS, TERRITORIALIDADES E NOVOS MERCADOS”

VIVÊNCIA: REVISTA DE ANTROPOLOGIA

PATRIMÔNIOS ALIMENTARES – PROCESSOS, TERRITORIALIDADES E NOVOS MERCADOS

Julie A Cavignac – UFRN                                                                                                         Joana Lucas – CRIA/NOVA FCSH                                                                                           Paula Balduino de Melo – IFB

É a partir de 2003, com a criação da Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, que os sistemas alimentares e culinários, os conhecimentos, os processos de produção e as técnicas associados à alimentação são objeto de ações e de políticas de preservação. Se há relativamente poucas preparações alimentares e cozinhas regionais classificadas pelos órgãos competentes a nível internacional, há muitos pratos considerados como patrimônios pelos seus detentores, em particular entre os Povos e Comunidades Tradicionais, nos espaços rurais onde as comidas festivas ou regionais se tornam emblemas culturais (por exemplo as comidas de milho, sinônimos de São João no Nordeste ou as sardinhas assadas, em Lisboa). Porém, as ações de patrimonialização nem sempre contextualizam  as situações econômicas e sociais difíceis que correspondem ao consumo dos alimentos e muitas vezes falta uma análise dos contextos sociais e históricos em que foram criados e consumidos. Por outro lado, a urbanização das sociedades contemporâneas, a main-mise da agroindústria na comercialização de alimentos, as crises, os perigos e os escândalos sanitários e ecológicos têm como resposta a mobilização de consumidores conscientes que militam para uma alimentação sustentável, saudável e a preço justo; preocupação geralmente associada a um apelo saudosista para comidas “autênticas” produzidas num território agrícola  cada vez  mais afastado dos consumidores e que é idealizado. Concomitantemente, agricultores se organizam em coletivos e cooperativas para evitar intermediários e criar circuitos comerciais curtos. Criou-se assim um mercado para uma alimentação mais “natural”, com a venda direta de produtos agroecológicos que são também alimentos-patrimônios. Constata-se então uma certa banalização da ideia de patrimônio alimentar, com a mercantilização dos produtos de terroir, em particular nas zonas turísticas, provocando uma gourmetização desses alimentos e uma recuperação dos marcadores da cultura alimentar “tradicional” ou “popular” pelas elites locais (cf. POULAIN, Jean-Pierre. Sociologias da alimentação, 2002).

Queremos avaliar memórias, conhecimentos, práticas, processos e discutir, de forma comparativa e crítica, os embates e as consequências da patrimonialização dos sistemas alimentares e das criações culinárias, em particular as das populações vulneráveis e das classes trabalhadoras. Aproveitaremos esta oportunidade para abrir o debate sobre o aprimoramento de produtos locais ou “típicos” que muitas vezes se referem a uma realidade do passado da qual as gerações anteriores tiveram que se distanciar: em um mundo cada vez mais urbanizado e onde os sistemas de produção tradicionais são ameaçados por poderosas indústrias de alimentos, quem ganha com a patrimonialização? Quais são os embates das políticas culturais e das ações de patrimonialização de preparações culinárias? Finalmente, discutiremos os processos culinários fora das agências oficiais e associados a estratégias de sobrevivência; questionaremos, no final, se o patrimônio contribui para produzir e reforçar desigualdades.

Assim, gostaríamos de receber contribuições de caráter antropológico, ensaios etnográficos que analisem patrimônios alimentares; territorialidades locais, interações socioecológicas e sistemas alimentares; dinâmicas de transformação das culturas alimentares e processos culinários; novos mercados e circuitos de comercialização de alimentos-patrimônios; a alimentação como marcador de diferenças sociais e culturais, dentre outras temáticas relacionadas.

As/os autores/as devem submeter seus textos, seguindo normas do periódico, por meio do portal https://periodicos.ufrn.br/vivencia/index até o dia 15 de novembro de 2020. O número está previsto para o primeiro semestre de 2021. A revista Vivência  publica textos em português, francês, espanhol e inglês.

Para mais informações, enviar mensagem para o e-mail: vivenciareant@yahoo.com.br indicando como assunto da mensagem o tema do dossiê: “Patrimônios alimentares- processos, territorialidades e novos mercados”. É indispensável que as/os autores que observem as normas da Vivência [em: https://periodicos.ufrn.br/vivencia/about/submissions] antes de submeterem as suas propostas.

CFP: Architectures en série & patrimoine

Ecole nationale supérieure d’architecture

et du paysage de Lille

LACTH

Conception/Territoire/Histoire/Matérialité

Appel à contributions

 Cahiers Thématiques n° 20

« Architectures en série & patrimoine »

Le laboratoire de recherche de l’Ecole nationale supérieure d’architecture et de paysage de Lille (LACTH / Laboratoire Conception – Territoire – Histoire – Matérialité) publie annuellement les Cahiers thématiques. Le vingtième numéro, coordonné par le domaine « Histoire » dont la parution est prévue en 2021, sera consacré à la question des architectures en série et du patrimoine.

Les mutations matérielles et techniques de la production de l’architecture depuis la Révolution industrielle imposent de nous réinterroger sur notre relation aux formes bâties. La construction en nombre sur un territoire donné ou dans un temps limité incite à la reproductibilité, modifiant le statut des édifices. De l’objet unique à la production en série, comment déterminer aujourd’hui les architectures à considérer comme représentatives de notre société ?

Cet appel s’inscrit dans la continuité des actions pédagogiques et scientifiques menées depuis 2017 à l’ENSAPL dans le cadre du programme interministériel de recherche et d’expérimentation en architecture, « Architecture du XXe siècle, matière à projet pour la ville durable du XXIe siècle », portant sur un corpus de 85 opérations de logements construites dans les Hauts-de-France et issues des campagnes Modèles Innovation[1].

La fin du monument unique

Depuis une cinquantaine d’années, le rapport de notre société aux objets du passé a évolué. La notion de patrimoine s’est élargie, s’ouvrant à de nouveaux programmes, industriels notamment, à des périodes chronologiques plus récentes comme le XXe siècle, s’étendant aux objets ordinaires et dépassant le matériel pour se tourner vers l’immatériel. Aujourd’hui, le patrimoine, c’est finalement « tous les biens, tous les trésors du passé[2] ».

Cette extension de la notion de patrimoine s’est opérée en parallèle de l’accélération des phénomènes de densification des villes et de renouvellement du tissu urbain et paysager, multipliant les opérations de destruction/reconstruction. Dès lors que l’on est passé du « temps du monument » au « temps du patrimoine »[3], la rareté qui pouvait résulter de la valeur d’ancienneté préconisée par Aloïs Riegl[4] n’est plus opérante pour la sélection. Passant de l’exceptionnel et de l’unique à l’ordinaire et à la quantité, à l’ensemble et à la série, la constitution du « fonds destiné à la jouissance d’une communauté élargie[5] » nécessite d’être examinée à l’aune de nouveaux critères de sélection.

L’architecture en série, entendue dans un sens large comme un « ensemble composé d’éléments de même nature ou ayant entre eux une unité[6] », impose ainsi de nouvelles interrogations quant à sa reconnaissance, sa conservation et sa protection. Elle implique la présence de caractéristiques communes mais de possibles variations, adaptations et évolutions au fil des années. Au-delà des objets mobiles ou démontables, l’implantation dans un contexte donné constitue l’un des éléments de différenciation premier d’une construction, mais les déclinaisons peuvent s’opérer de multiples manières, en fonction des données économiques ou programmatiques notamment. On pourra interpréter le terme de série comme une suite conçue comme telle dès son origine, ou comme un ensemble rassemblé a posteriori, par son unité territoriale, programmatique, technique ou formelle.

Mettre en œuvre une production de masse

L’architecture en série permet de répondre à des objectifs de rapidité et de rentabilité, dont les pouvoirs publics comme les compagnies privées se saisissent pour faire face à un besoin d’envergure. Avec la Révolution industrielle et le développement des voies de communications, la construction de canaux et de voies ferrées nécessite la multiplication d’équipements, tels que les gares, les postes d’aiguillages, ou encore les maisons éclusières. La construction des infrastructures techniques (comme celui des télécommunications et son réseau de télégraphes, tours hertziennes, centraux téléphoniques…), des équipements industriels liés à la production d’énergie (comme les barrages hydrauliques, installations électriques ou nucléaires) s’inscrivent dans cette même dynamique de maillage territorial, tout comme celle répondant aux exigences défensives (notamment les lignes de fortifications, citadelles ou bunkers). Se confrontant à la grande échelle, ces interventions contribuent à façonner les paysages de nos territoires. Dans les vallées où des centrales hydroélectriques se sont implantées, des villages entiers créés pour loger les salariés ont par exemple dessinés des paysages vernaculaires indissociables des équipements industriels.

Avec l’avènement de la société de consommation et les nouveaux besoins de construction de masse, le recours à la série se développe dans les administrations publiques françaises. Au tournant des années 1960, le ministère de l’Education nationale met par exemple en place les systèmes de commandes groupées et de concours conception-construction, afin de proposer des modèles adaptables à tout site. Dans le cadre de la production de logements, aux projets-types instaurés par le ministre Pierre Courant en 1953 à partir desquels sont construits plus d’un million de logements économiques et familiaux (logécos), laisse place la politique des modèles établie par les premières circulaires de 1968. Dans le même objectif d’une production quantitative de logements, la méthode est poursuivie en 1971 avec le Plan construction, à travers les dispositifs des Réalisations expérimentales (REX), des programmes architecture nouvelle (PAN) et des Modèles innovation. Mais, le recours à la série est aussi le fait d’initiatives privées, avec l’action des sociétés et coopératives immobilières ou le développement de l’habitat patronal sous le modèle notamment des cités-jardins. Les compagnies minières sont particulièrement investies avec l’obligation à partir de 1946 de loger gratuitement leurs employés, tandis que l’après-guerre voit aussi l’amplification du mouvement du castorat, système d’autoconstruction groupée pour faire face à la crise du logement.

Les conditions d’une production industrialisée

L’architecture en série est intimement liée aux conditions de sa production, et, en particulier, aux possibilités matérielles de l’industrialisation. L’utilisation de divers procédés, systèmes, composants, dans une industrialisation ouverte ou fermée, permet de construire vite, beaucoup et bon marché. Favorisée dans la France de l’après Seconde guerre mondiale, « l’aventure du béton assemblé[7] » se développe au-delà de nos frontières dans plus de 70 pays, avec des systèmes adaptés localement[8]. La production en série interroge ainsi les entreprises du bâtiment qui participent du mouvement de préfabrication du béton, mais aussi celles concernées par la construction métallique comme le Groupement d’Etude et d’Entreprises Parisiennes (GEEP) ou la compagnie industrielle de matériel de transport (CIMT), et les industriels des groupes chimiques ou pétroliers pour la réalisation de coques et de bulles lors de l’essor des matériaux plastiques. Elle interroge le rôle de grandes figures qui sont liées à ces questions, à l’image de Jean Prouvé et de son travail sur l’industrialisation de la construction métallique.

Les processus d’industrialisation posent la question de l’échelle de la construction, des éléments de mobilier urbain du Paris haussmannien aux baraquements militaires ou de sinistrés, jusqu’à des programmes de plus grande envergure comme les équipements culturels ou de loisirs. Ils interrogent  la sphère publique, que l’on pense durant les Trente glorieuses, aux programmes sportifs telle que l’opération des Mille piscines, à la commande religieuse avec les églises nomades, ou au produit commercial avec les boites de nuit Macumba[9]. Des programmes comme celui de la maison portative ou mobile ont retenu l’attention des entrepreneurs privés et concepteurs au fil des décennies : des expériences coloniales du XIXe siècle avec la Manning portable colonial Cottage, aux maisons roulantes des années 1920 ou des mobil homes de l’après-guerre, jusqu’aux recherches théoriques de Peter et Alison Smithson (house of the Future, 1956), d’Archigram (Drive-in Housing, 1964) ou d’Archizoom (Autoarchizoom, 1973).

Au-delà des conditions de sa production, l’architecture en série questionne aussi les moyens matériels de sa conception comme les logiques de la commande. L’administration des PTT incite par exemple dès 1901 ses architectes à employer un plan-type pour l’implantation de bureaux de poste. Cette méthode de diffusion des modèles interroge les conditions de leur imitation, déclinaison et variantes, les séries réussies, mais aussi des outils de définition du standard et du type à reproduire. Dans la chaîne de production, elle renvoie à la conception du prototype, mais aussi à la protection du modèle par les systèmes de brevet.

Patrimoine(s)

Le label Architecture contemporaine remarquable, qui succède au label Patrimoine du XXe siècle et qui reconnaît la valeur patrimoniale des architectures de moins de cent ans, impose de s’interroger sur les conditions de reconnaissance des objets en série. Alors que les piscines Tournesol produites à plus de 180 exemplaires en France, ont par exemple obtenu ce label dans cinq départements différents, seule la région Bourgogne a labellisé cinq Mille-clubs de jeunes parmi les 2 500 réalisés sur le territoire français, représentant les différents modèles produits[10]. A l’exemple des politiques de ce label, on pourra s’interroger sur les critères de sélection de la patrimonialisation des objets en série. Est-ce l’ensemble de la série qui fait patrimoine, ou les objets individuels selon leurs conditions particulières de construction ? N’est-ce pas l’effet de répétition qu’il faut patrimonialiser plus que les objets répétés ? Faut-il invoquer la singularité de certains objets ou leur représentativité ? Plus largement, quels sont les critères retenus ? On pourra ainsi travailler sur les actions patrimoniales menées par les institutions, organismes ou associations, dans leur action de connaissance, de valorisation et de conservation de ces objets. On pourra interroger le travail de protection mené par ensemble, mais aussi plus généralement les différentes méthodes mises en œuvre par les instances locales, nationales ou internationales.

Au-delà des différents critères convoqués par les instances patrimoniales, on pourra aussi interroger la valeur d’usage de ces objets en série et leur capacité à être adaptés au fil du temps par les maîtres d’œuvres et maîtres d’ouvrages. Il sera également possible de sortir du « discours autorisé sur le patrimoine[11] » construit par les pouvoirs publics, et de s’interroger sur les formes populaires de ce processus. Comment les différentes actions et regards portés sur l’architecture en série construisent une identité collective ? On pourra notamment s’attacher aux formes artistiques, à la manière des photographes Bernd et Hilla Becher qui ont consacré l’esthétique de l’architecture industrielle, ou d’Éric Tabuchi qui reconstitue les séries d’une architecture ordinaire française[12]. Il pourra ainsi être question de comprendre ce que l’image produit, mais aussi le rapport à la banalité de cette architecture en série et l’attachement qu’il génère, à l’image de Benoit Poelvoorde pour qui, les arrêts de bus en béton qui égrènent les campagnes belges  « devraient être protégés exactement comme les lieux de culte[13] ».

Attendus

Les contributions doivent être inédites et ne pas être en cours de soumission à d’autres publications. En termes de contenu, elles doivent apporter une contribution substantielle et des nouvelles connaissances au débat scientifique sur la patrimonialisation des architectures en série, des XIXe et XXe siècles en France et à l’étranger, et sur l’héritage qu’elles représentent. Elles seront soumises à la double expertise anonyme du comité de lecture.

Direction scientifique de ce numéro

Caroline Bauer, architecte dplg, docteure en histoire, maître de conférences associée à l’ENSAPL, chercheuse au LACTH.

Richard Klein, architecte dplg, docteur en histoire HdR, Professeur à l’ENSAPL, chercheur au LACTH.

Comité scientifique des Cahiers thématiques

Pascal Amphoux, professeur à l’ensa de Nantes ;

Valter Balducci, professeur à l’ensa de Normandie ;

Jean-Marc Besse, professeur à l’ensp de Versailles ;

Rika Devos, chargée de cours à l’Ecole Polytechnique de l’Université Libre de Bruxelles ;

Franz Graf, professeur associé à l’École polytechnique fédérale de Lausanne ;

Daniel Le Couédic, professeur à l’Université de Bretagne occidentale (Brest) ;

Philippe Louguet, professeur émérite des ensa ;

Frédéric Pousin, professeur à l’ensa Paris-Belleville ;

Sylvie Salles, maître de conférences à l’ensa Paris Val-de-Seine ;

Danièle Voldman, directrice de recherche CNRS et professeur émérite de l’Université Paris 1.

Comité de lecture

Philippe Grandvoinnet, directeur des études et de la vie étudiante à l’ensa Grenoble

Eric Monin, professeur à l’ensap Lille

Céline Barrère, maître de conférences à l’ensap Lille

Xavier Dousson, maître de conférences à l’ensa Paris Val-de-Seine

Pierre Lebrun, architecte, docteur en histoire de l’art

Calendrier

Juillet 2020 : Lancement de l’appel à contributions

15 octobre 2020 : Réception des résumés

30 novembre 2020 : Avis du comité de lecture sur les propositions

31 janvier 2021 : Réception des articles

Septembre 2021 : Parution des Cahiers thématiques n°20

Modalités de contribution

Une proposition résumée de 1500 à 2000 signes sera transmise au secrétariat du LACTH pour le 15 octobre 2020 afin d’être soumise au comité de lecture.

Les contributions définitives doivent parvenir avant le 31 janvier 2021 dernier délai, à l’Ecole nationale supérieure d’architecture et de paysage de Lille par courrier électronique. Les textes, qui comporteront entre 15 000 et 20 000 signes maximum (espaces compris et notes non comprises), seront accompagnés d’un résumé de 1000 signes maximum ainsi que d’une présentation de l’auteur (3 lignes maximum). Les textes qui dépasseraient ce format seront retournés aux auteurs.

Les notes figureront en fin de texte et seront tapées en linéaire. Elles ne doivent pas excéder 25% de la totalité des signes du texte. Vous trouverez à la fin de ce document le modèle de mise en page des notes (pas de notes automatiques en bas de page ou en fin de document et pas d’appels de note automatiques).

Les illustrations (4 illustrations noir et blanc maximum), fournies sur support traditionnel ou numérique (300 Dpi minimum en format TIF), devront être libres de droits. Ces illustrations seront légendées et l’auteur mentionnera l’ordre et la localisation vis-à-vis du texte. Si ces illustrations sont extraites de revues, d’ouvrages ou proviennent de sources d’archives privées ou publiques, les auteurs joindront les autorisations écrites des détenteurs de droits (photographes, éditeurs, centre d’archives…) et devront nous confirmer qu’elles sont bien libres de droit.

Les auteurs, en répondant à cet appel à contribution, autorisent l’École d’architecture de Lille à publier leur contribution dans le cadre des Cahiers thématiques N°20. Ces contributions ne sont pas rétribuées. Les textes seront publiés en français ou en anglais, dans la langue choisie par l’auteur (seuls les résumés des articles seront traduits).

Contacts

Isabelle Charlet, secrétariat général du LACTH — mail : lacth@lille.archi.fr

Caroline Bauer Richard Klein, direction et coordination Cahiers thématiques n°20

[1] Notre programme de recherches intitulé « Repenser l’innovation. Connaître et gérer le legs du logement social, expérimental et innovant de la décennie 1968-1978 », est mené conjointement par le LACTH de l’ENSAP Lille l’INAMA de l’ENSA Marseille.

[2] Jean-Pierre Babelon et André Chastel, La notion de patrimoine, Paris, Liana Levi, 1994.

[3] Daniel Fabre (dir.), Les émotions patrimoniales, Paris, Éditions de la Maison des sciences de l’homme, coll. « Ethnologie de la France », cahier n° 27, 2013.

[4] Aloïs Riegl, Le culte moderne des monuments, son essence et sa genèse, Paris, Seuil, 2013 (1ère édition en langue allemande en 1903).

[5] Selon la définition que propose Françoise Choay du patrimoine historique dans Françoise Choay, L’allégorie du patrimoine, Paris, Édition du Seuil, 1992, p. 9.

[6] Trésor de la Langue Française informatisé, consultable en ligne http://atilf.atilf.fr/

[7] Yvan Delemontey, Reconstruire la France, l'aventure du béton assemblé, 1940-1955, Paris, Éditions de La Villette, 2015.

[8] Pedro Ignacio Alonso et Hugo Palmarola (commissaires), Flying Panels, How Concrete Panels Changed the World, exposition, ArkDes, 18 octobre 2019-1er mars 2020, Stockholm.

[9] Richard Klein et Gérard Monnier (dir.), Les années ZUP, architectures de la croissance, 1960-1973, Paris, Picard, 2002.

[10] « Liste des édifices ou ensembles labellisés “Patrimoine du XXe siècle” entre 2000 et 2015 », Ministère de la culture et de la communication – DGP, juillet 2016.

[11] Traduction libre de « Authorised Heritage Discourse » dans Laurajane Smith, Uses of Heritage, Londres, Routledge, 2006.

[12] Voir en particulier le projet d’Atlas des Régions naturelles mené depuis 2017, https://atlasrn.fr/.

[13] « La pire interview, Benoit Poelvoorde », Konbini, 2018.

CFP: ICOT 2020 – Special Session – Tourism and Intangible Heritage: challenges and new perspectives

Call for communications for the ICOT2020 congress that will take place online on September 17-18 2020.

The general topic of the conference is “Tourism in uncertain times: issues and challenges” in which they organize a special session on Tourism and intangible heritage: challenges and new perspectives.

This special session’s topic is part of the Spanish-funded project “Patrimonio inmaterial y politicas culturales: desafios sociales, politicos y museologicos” (ref. PGC2018-096190-B-I00).

Abstracts of no more than 350 words can be sent in English until August 20th to both:

Publication : « Patrimoine et territoire. Une parenté conceptuelle en question », Les Cahiers du CFPCI

« Patrimoine et territoire. Une parenté conceptuelle en question », Les Cahiers du CFPCI, n°7, juillet 2020, 224 pages

Ce 7e numéro de la collection en ligne Les Cahiers du CFPCI, partiellement issu du colloque international du CFPCI-Maison des Cultures du Monde, « Les territoires du PCI » (Vitré, 5-6 octobre 2017), propose une mise en question du couple patrimoine-territoire, de la « parenté conceptuelle » des deux termes.

« Les différents textes, qu’ils aient tenté d’explorer la validité du couple à l’heure du PCI ou qu’ils aient été tentés d’interroger la force ou la nature de la relation liant les deux termes, ont, chacun à sa manière, spéculé sur un aspect, soulevé des questions singulières, pour au final en faire ressortir et rendre productif son caractère aporétique : les limites de l’injonction participative (Rieks Smeets), le rapport ambivalent du politique et du populaire (Jacopo Storari), la co-construction d’un territoire et de ses habitants dans l’expérience esthétique (Hervé Parent), la tension consensus-dissensus (Éric Alendroit), le devenir anarchiste face à l’impermanence spatiale (Rémi Bénos), l’hétérotopie des migrants (Véronique Dassié), l’encodage capitaliste des lieux et des pratiques (Noël Barbe), le devenir autochtone comme alternative à la destruction capitaliste (Rocio Noemi Martinez-Gonzalez), la « destitution » du patrimoine devant l’anthropocène (Jean-Louis Tornatore). Plus nous avancerons dans l’exploration des impasses ou des apories du patrimoine-territoire, mieux nous serons à même d’inventer ou réinventer des concepts pour penser les mondes dans lesquels nous voulons vivre » (extrait de l’introduction).

Coordination : Jean-Louis Tornatore, Isabelle Chave et Séverine Cachat

Avec les contributions de : Éric Alendroit – Noël Barbe – Rémi Bénos – Véronique Dassié – Rocio Noemi Martinez Gonzalez – Hervé Parent – Rieks Smeets – Jacopo Storari – Jean-Louis Tornatore

 

Accès à la consultation en ligne et au téléchargement en PDF :

http://www.maisondesculturesdumonde.org/patrimoine-et-territoire-une-parente-conceptuelle-en-question

Publication: “Cinquante ans de pratiques culturelles en France”, Paris, Ministère de la Culture, juillet 2020

Cinquante ans de pratiques culturelles en France

Philippe Lombardo, Loup Wolff

Coll. “Culture études”, CE-2020-2

92 pages, juillet 2020

Menée tout au long de l’année 2018 auprès d’un échantillon de plus de 9 200 personnes en France métropolitaine, l’enquête sur les pratiques culturelles est la sixième édition d’une série commencée au début des années 1970 et destinée à mesurer la participation de la population aux loisirs et à la vie culturelle. Cette sixième édition permet d’observer l’évolution des pratiques culturelles depuis la précédente édition réalisée en 2008 mais aussi depuis la décennie 1970, et offre ainsi un panorama de près d’un demi-siècle des dynamiques des pratiques culturelles de la population âgée de 15 ans et plus. Pour chaque activité, le taux de pénétration est analysé par générations afin de saisir les évolutions de long terme et les effets d’époque, puis étudié selon les caractéristiques sociodémographiques des individus.

En cinquante ans, la culture a pris une place croissante dans le quotidien des Français, en particulier l’écoute de musique et les pratiques audiovisuelles, et en une décennie, les pratiques culturelles numériques se sont considérablement développées. Plus d’un tiers d’entre eux écoutent de la musique en ligne, 44 % jouent à des jeux vidéo et les trois quarts des jeunes. Les pratiques de sortie dans les équipements culturels se sont développées, sous l’effet d’une plus forte fréquentation des plus de 40 ans.

L’analyse par générations montre tout à la fois la singularité des jeunes générations au sein desquelles les pratiques numériques sont devenues majoritaires au détriment des médias historiques, mais aussi celle de la génération des baby-boomers, qui, à tous les âges, ont toujours déclaré un engagement fort dans les activités culturelles, que ce soit en matière de lecture, de visites muséales et patrimoniales et de sorties au cinéma ou au spectacle. Leur avancée en âge pose toutefois la question du renouvellement des publics pour certaines de ces activités.

 

A télécharger en ligne au format PDF :

https://www.culture.gouv.fr/Sites-thematiques/Etudes-et-statistiques/Publications/Collections-de-synthese/Culture-etudes-2007-2020/Cinquante-ans-de-pratiques-culturelles-en-France-CE-2020-2

 

Retrouver l’ensemble des données

Publication: “Le patrimoine culturel immatériel. Enjeux juridiques et fiscaux”, Jean-Raphaël Pellas, Paris, LGDJ, 2020

LGDJ Editions publie l’ouvrage Le Patrimoine culturel immatériel. Enjeux juridiques et fiscaux de Jean-Raphaël Pellas, docteur en droit, chercheur associé à l’Institut d’études de droit public de l’université Paris-Saclay.

Présentation

« Creuset d’identités culturelles, l’Unesco a consacré en 2003 une définition extensive du patrimoine culturel immatériel, en y englobant les pratiques, représentations, expressions, connaissances et savoir-faire, les instruments, objets, artefacts et espaces culturels qui leur sont associés. L’Unesco ajoute que ce patrimoine, « transmis de génération en génération, est recréé en permanence par les communautés et groupes en fonction de leur milieu ».
En charge de leur préservation, les États nationaux ont adopté des dispositifs juridiques et fiscaux mis en exergue dans cet ouvrage.
La sauvegarde du patrimoine culturel immatériel est conçue comme comprenant l’identification, la documentation, la recherche, la préservation, la protection, la promotion, la mise en valeur et la transmission d’un patrimoine qualifié de « bien commun ». Les stratégies de sauvegarde mises en œuvre autour du patrimoine culturel inspirent de nouvelles formes de développement plus adaptées aux caractéristiques des territoires, aux structures sociales et aux ressources disponibles. Un des enjeux sur lesquels l’ouvrage apporte un éclairage est précisément la mise en valeur de ce patrimoine culturel immatériel par des dispositifs fiscaux qui préexistent à la convention de 2003. La mise en valeur de ce patrimoine par l’impôt permet de s’interroger sur les façons de patrimonialiser des pratiques et des représentations en tenant compte d’éléments tangibles et sans compromettre leur caractère évolutif et vivant.
Les étudiants et les professionnels du patrimoine culturel peuvent ainsi appréhender de façon concise la mise en œuvre d’une convention internationale au miroir d’un droit national diffus. »

Le Patrimoine culturel immatériel. Enjeux juridiques et fiscaux

Paris, LGDJ (coll. « Systèmes / Perspectives »), 2020, 180 pages

978-2-275-07245-6

Pour en savoir plus

https://www.lgdj-editions.fr/livres/le-patrimoine-culturel-immateriel/9782275072456

Publication : “Les Expressions culturelles traditionnelles en droit international”, Lily Martinet, Paris, IRJS Editions, 2019

Les Expressions culturelles traditionnelles en droit international

Thèse publiée de Lily Martinet, chercheuse senior au Max Planck Institute Luxembourg for International, European and Regulatory Procedural Law

 

Présentation

« Cet essai propose une analyse juridique inédite de l’apparition et de la consécration de la notion d’expression culturelle traditionnelle en droit international. L’usage de cette notion s’est répandu au

début du XXIe siècle à travers plusieurs forums internationaux. Des instruments régionaux et deux instruments issus du système des Nations Unies, la Convention sur la protection et la promotion de

la diversité des expressions culturelles et la Déclaration des Nations Unies sur les droits des peuples autochtones, citent expressément les expressions culturelles traditionnelles. Elles seraient, selon les

travaux en cours au sein de l’Organisation Mondiale de la Propriété Intellectuelle (OMPI), les formes par lesquelles les savoirs traditionnels et les cultures traditionnelles sont exprimés, communiqués

ou présentés. Il s’agit d’expressions culturelles transmises de génération en génération au sein d’une communauté. À travers ce processus de transmission, un lien fort se tisse entre une communauté

et les expressions culturelles traditionnelles qu’elle perpétue. Elles deviennent un élément central d’identification pour les communautés qui les ont créées.

La réflexion se déploie, dans cet essai, autour du lien tissé entre une expression culturelle traditionnelle et sa communauté d’origine. Elle interroge la forme juridique prise par ce lien, qui varie selon les objectifs poursuivis par les communautés. Les expressions culturelles traditionnelles peuvent être comprises comme un facteur de développement économique, ou comme un outil de préservation des identités culturelles. Les normes et les mécanismes juridiques actionnés par les communautés sont étudiés au prisme de ces deux fonctions selon une perspective de droit international éclairée par des touches de droit comparé. L’analyse de la doctrine et des textes internationaux, régionaux et nationaux est complétée par de nombreux exemples tirés de la jurisprudence. »

 

Les Expressions culturelles traditionnelles en droit international

Paris, IRJS Editions (coll. « Bibliothèque André Tunc », 105), 2019, 562 pages

978-2-919211-95-1

 

Pour en savoir plus

http://irjs.univ-paris1.fr/irjs-editions/actualites/

 

CFP: Concours « Repenser les musées pour lutter contre le changement climatique » (inscriptions : 31/07/2020 ; soumission des projets : 15/09/2020)

Le concours Reimagining Museums for Climate Action, soutenu par la Fondation des Sciences du Patrimoine, s’adresse aux designers, créateurs, architectes, artistes, poètes, philosophes, universitaires, professionnels de musées ou, plus largement, au public, dans le but de radicalement (re)penser et de (re)définir les musées en tant qu’institutions, afin de déterminer leurs capacités de contribution à un avenir plus équitable et durable dans le domaine de la lutte contre le changement climatique.

Conçu et développé par l’UK Arts and Humanities Research Council (AHRC) Heritage Priority Area, dirigée par le professeur Rodney Harrison (UCL Institute of Archaeology (IoA)), en collaboration avec Colin Sterling (IoA), Henry McGhie (Curating Tomorrow), et Emma Woodham (GSC), le concours a été lancée le 18 mai 2020 à l’occasion de la Journée internationale des musées.

Il vise à élaborer les différentes manières par lesquelles les musées peuvent aider et encourager la société à réduire son émission de carbone, à s’adapter aux effets du changement climatique ou encore à contribuer à la sauvegarde des écosystèmes.

 

Publication: La régression du patrimoine. Etudes de cas en Italie et en France, sous la dir. Laurent-Sébastien Fournier, Lia Giancristofaro

La régression du patrimoine. Etudes de cas en Italie et en France

Laurent-Sébastien Fournier, Lia Giancristofaro (dir.)

Harmattan Italia, 2020

Résumé: Il existe actuellement un risque de régression du patrimoine. L’absence d’anthropologues sur le terrain a entraîné la réappropriation de l’anthropologie par des militants qui font des traditions populaires une relecture essentialiste et conservatrice. La perspective proposée ici consiste à utiliser les politiques du patrimoine pour le progrès de l’anthropologie.

https://www.editions-harmattan.fr/index.asp?navig=catalogue&obj=livre&no=66319


Publication: “Patrimoine et territoire. Une parenté conceptuelle en question”, Les Cahiers du CFPCI, n°7, juillet 2020

« Patrimoine et territoire. Une parenté conceptuelle en question », Les Cahiers du CFPCI, n°7, juillet 2020, 224 pages

Qu’est-ce que le patrimoine culturel immatériel (PCI) fait au territoire ?  Ce 7e numéro de la collection en ligne Les Cahiers du CFPCI, prolongeant le colloque international organisé chaque année autour des politiques du PCI, confronte les expériences et réflexions de chercheuses et chercheurs et responsables d’institutions culturelles et patrimoniales, qui vivent et travaillent dans différents pays et régions. Il propose un retour critique sur la relation patrimoine-territoire à partir, notamment, de cette nouvelle catégorie patrimoniale instituée en 2003 par l’Unesco.

Coord. Jean-Louis Tornatore, Isabelle Chave et Séverine Cachat

Avec les contributions de : Eric ALENDROIT – Noël BARBE – Rémi BENOS – Véronique DASSIE – Rocio Noemi M. MARTINEZ GONZALEZ – Hervé PARENT – Rieks SMEETS – Jacopo STORARI – Jean-Louis TORNATORE

 

Accès à la consultation en ligne et au téléchargement en PDF :

http://www.maisondesculturesdumonde.org/patrimoine-et-territoire-une-parente-conceptuelle-en-question